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Brasileiro que doou 60% da fortuna incentiva outros milionários a copiá-lo

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Em 2015, o empresário de 71 anos anunciou no encontro fechado para convidados que o casal havia assumido o compromisso público de doar em vida 60% do patrimônio pessoal, estimado em US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões), para causas sociais. O anúncio foi revelado com exclusividade pela Folha de São Paulo.

Elie e Suzy foram além. “Queria doar 100%. No começo, minha mulher não gostou muito, mas depois aceitou 60%”, explicou ele, no ano passado, e voltou a repetiu no Fórum 2016.

Suzy fez logo questão de esclarecer: “Eu só disse que 60% talvez seja muito, mas 50% tudo bem”, emendou ela, provocando risos na plateia, que reservou muitos aplausos ao casal por encampar a causa de fomentar a cultura de doação no Brasil. Para ser exemplo para outros bilionários brasileiros, Suzy e Elie relataram como foi o processo de decisão de abrir mão de cifras na casa dos bilhões de reais e a reação dos três herdeiros.

“Elie sempre se importou com filantropia, em fazer o bem. Acreditamos que quando se dá dinheiro o que estamos fazendo é restituir a justiça no mundo”, acredita Suzy. “Eu não escolhi nascer no Chile, ser mulher ou judia. Nosso livre-arbítrio é só um: fazer o bem ou fazer o mal.” Ela queria ser médica no Chile quando conheceu o futuro marido.

“A gente tinha muitas coisas em comum. Eu estudava medicina porque era uma forma de ajudar as pessoas. Elie também estava preocupado não só com o lado material, mas espiritual da vida.”

O novo patrono de uma causa tão urgente terminou com um apelo sua participação no fórum que reuniu outros bilionários e presidentes de fundações privadas: “Não estamos aqui por acaso, não existe coincidência. Parabéns a todos por terem vindo. Espero nos encontrarmos muitas vezes para fazer o bem”.

O próximo encontro está marcado para 8 de dezembro, quando o casal Horn deve lançar o The Giving Pledge brasileiro, com a vinda de um magnata americano para estimular a adesão local. “Eu sou um cara afobado. Não consigo ficar parado. Não quero morrer pobre de ações. Temos que poupar para a outra vida.”

Fonte: Folha de São Paulo